Há anos que acontecem coisas destas, em todo o "mundo
civilizado": jovens simpáticos, acima de qualquer
suspeita, entram na escola a matar e suicidam-se (ou são
mortos no tiroteio).
Em Portugal isso ainda não aconteceu. Por enquanto,
"apenas" roubos, volência, agressão a professores,
transpote de armas (coisa pouca...) mas ainda não houve
mortos.
Este "fenómeno" está estudadíssimo "lá fora". Cá dentro,
não é politicamente correcto dizer-se: a crescente
dissolução conjugal aumenta dez a vinte vezes a
incidência de delinquência e criminalidade juvenis,
insucesso escolar, gravidez adolescente. A falta do pai
em casa é a causa principal.
A Escandinávia, como modelo social, é paraíso ou inferno
(título de um filme dos anos 70)?
Infelizmente, os portugueses estão a obter a resposta ao
"vivo e a cores", enquanto Parlamento e Governo aceleram
a fundo nessa direcção, liberalizando ainda mais o
divórcio, e o Estado português adopta os ecológicos
princípios da pesca desportiva na Justiça: apanha-se o
"peixe", pesa-se e tira-se fotografia para a
posteridade, e liberta-se de novo, para manter a
"espécie" e continuar a ser possível pescar...
(garantem-se, assim, os postos de trabalho de todos).
Na cada vez menor população activa, há uma cada vez
maior percentagem de população ocupada como polícia ou
ladrão. Os outros, são alvo dos ladrões e têm que pagar
aos polícias. Vai sobrar alguma coisa para "relançar a
economia" e pagar pensões de reforma?
Entretanto, o Parlamento está preocupado com outras
coisas, no género "bué da fixe", e bate palmas.
A APFN espera que, mais tarde ou mais cedo (quanto mais
tarde, pior), Governo e Parlamento prestem atenção à
direcção em que Portugal está a ir. Não é, ao contrário
do que propangandeiam, na direcção do Paraíso.