No fim
da
semana
passada,
o
Ministro
da Saúde
Correia
de
Campos (MSCC),
através
de
entrevista
à Lusa e
artigo
de
opinião
no
"Público",
teve a
oportunidade
de, mais
uma vez,
manifestar
a sua
visão
sobre o
contributo
da sua
acção
para
fazer
face à
"evolução
dramática
da
natalidade"
(PM à
AR, em
27/4/06).
No
jornal
"Público",
apontou
vários
caminhos
que
deverão
ser
seguidos
"para
os
jovens
casais
desatarem
a
procriar",
"se
quisermos
passar
dos 1,4
para 1,8
filhos
por
mulher
em idade
fértil".
1.4 para
1.8?
Mas o
MSCC não
sabe
ainda
que o
valor
desejável
é 2.1 ou
superior?
Onde é
que foi
inventar
1.8?
E isto é
"desatar
a
procriar"?
Já na
entrevista
à Lusa,
manifestou
o seu "enorme
desagrado"
por, com
a actual
lei, "apenas
se
praticarem
1.000
abortos
por ano
nos
hospitais
públicos",
atribuindo-o
à "relutância
de
médicos,
enfermeiros
e
administrativos
do
sector",
quando
comparado
com o
que se
passa em
Espanha,
com uma
lei
idêntica
à
anterior!
Atribuiu
esse
facto a
"uma
razão
muito
simples:
em
Espanha,
o
sistema
público
de saúde
tem uma
grande
participação
do
sector
convencionado
e foi
organizado
um
modelo
em que
se paga
a IVG
(aborto)
praticada
pelo
sector
privado
a um
preço
definido."
"Isto
levou a
que as
clínicas
privadas
especializadas
se
organizassem
e
oferecessem
estes
serviços
com alta
qualidade
e a
preços
relativamente
acessíveis",
precisou
o MSCC.
Para
percebermos
melhor o
alcance
do
pensamento
do MSCC,
em
Espanha
realizam-se
mais de
80.000
abortos
por ano
ao
abrigo
da tal
lei
parecida
com a
nossa,
com o
tal
enorme
empenho
do
sector
privado.
Uma vez
que a
população
espanhola
é 4
vezes
superior
à
portuguesa,
o
MSCC só
se
sentirá
realizado
quando
Portugal
passar
dos
1.000
para os
20.000
abortos
por ano,
19.000
dos
quais
com o
desejado
empenho
do
sector
privado
pago
pelo
dinheiro
dos
contribuintes!
Uma
vez que
o número
anual de
nascimentos
é de
109.000,
a que
corresponde
a taxa
de 1.4,
o MSCC
quer ver
reduzido
este
número
para
90.000,
a que
corresponderá
uma taxa
de
1.15...
(curiosamente
a taxa
que foi
conseguida
pelos "nuestros
hermanos"
com a
tal
ajuda do
sector
privado).
Conseguirá,
deste
modo,
fechar
mais
umas
maternidadezitas,
poupando
mais uns
cobres
para
financiar
as
clínicas
abortivas
privadas.
Para
o MSCC,
os
dinheiros
públicos
devem
ser
prioritariamente
gastos a
abortar,
financiando
o
gigantesco
negócio
das
clínicas
abortivas,
enquanto
verdadeiros
doentes,
alguns
filhos
dos tais
"jovens
casais
que não
podem
desatar
a
procriar",
vêm as
comparticipações
dos
medicamentos
e
consultas
a
diminuírem!
Não
há uma
única
reclamação
de, a
alguém,
ter sido
recusado
o
recurso
ao
aborto
dentro
do
previsto
na lei!
Não há
uma
única
mulher
presa
por ter
abortado!
Pelo
contrário,
existem
milhares
de
reclamações
pelos
péssimos
serviços
prestados
a
doentes
verdadeiros,
assim
como
pelas
péssimas
condições
em que
muitos
profissionais
procuram
fazer
milagres!
Mas
o MSCC
acusa-os
da sua
relutância
em
"fechar
os
olhos" e
"contornar
a lei"
para que
se façam
mais
abortos"!
E espera
que o
sector
privado,
pago por
dinheiros
públicos,
o faça!
Isto é
próprio
de um
"Ministro
da
Saúde"?
Pelo
contrário,
não há
uma
única
mulher
que
tenha
sido
dissuadida
de matar
o seu
filho na
barriga
e foi
apoiada
pelas
associações
de apoio
a
grávidas
em
risco,
que se
tenha
arrependido
ou
apresentado
queixa
por não
o ter
feito!
Não será
melhor
um maior
apoio a
este
trabalho
tão
meritório,
feito
com
imensas
dificuldades?
Mas
se isto
até
parece
razoável
para o
MSCC, já
não o é
para o
simples
cidadão
Correia
de
Campos (scCC)!
Na
referida
entrevista
à Lusa,
o
MSCC
afirma
que se
vai
empenhar
a fundo
na
campanha
pela
liberalização
do
aborto,
mas como
simples
cidadão!
Ou seja,
enquanto
o PM
está
preocupado
pela
dramática evolução
da taxa
de
natalidade,
o scCC,
investido
como
MSCC,
está a
usar o
cargo
para
tornar a
situação
ainda
mais
dramática!
Para,
tanto o
scCC
como o
MSCC,
a
gravidez
é uma
doença
sexualmente
transmissível,
cujo
combate
é
prioritário!
A
APFN
questiona:
O que
pensa o
Ministro
das
Finanças
sobre a
utilização
que o
seu
ainda
colega
MSCC
pensa em
dar aos
tão
escassos
dinheiros
públicos,
reduzindo
ainda
mais o
número
de
futuros
contribuintes?
O que
pensa o
Ministro
do
Trabalho
e
Segurança
Social
desta
tão
grande
militância
para
ratar
ainda
mais a
base da
abusivamente
designada
"pirâmide
etária",
arrumando
de vez
com o
famigerado
e já
viciado
Relatório
de
Sustentabilidade
da
Segurança
Social?
Como é
que o
Primeiro-Ministro
irá
passar a
classificar
a
previsível
queda da
taxa de
natalidade
com
tanto
empenho
do ainda
seu
Ministro
da
Saúde? O
que
pensa
fazer
perante
tanta
cegueira
e falta
de
senso?
Só
pode ser
"Obviamente,
demito-o"!