|
|
 |
APFN
- Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
Comunicado
Empréstimo de manuais escolares |
Foi com bastante alegria que a APFN tomou conhecimento da vontade
do Ministro da Educação em criar bolsas para empréstimos
de livros escolares, já no próximo ano lectivo, uma
reivindicação de primeira hora desta associação, a par de
outras medidas no sentido de se acabar com a exploração a
que os pais são sujeitos pelo "sistema educativo",
tanto maior quanto maior o número de filhos.
A APFN aproveita a oportunidade
para relembrar todas as medidas que, neste domínio, tem vindo a
propôr:
1 - Criar programas
realistas, isto é, que possam ser mesmo cumpridos
e exigidos. A existência de programas totalmente
surrealistas, faz com que:
- Os pais tenham que comprar
manuais que nunca serão usados na totalidade, mas que,
forçosamente, serão mais caros que o necessário;
- As crianças tenham
dificuldade em saber o que "é necessário estudar" e o que "não é
necessário estudar". Se não é necessário, porque é que está lá?
Objectivamente, não contribui em nada para o tão propalado
"sucesso escolar" mas, apenas, para a
negociata.
2 - Fazer a única reforma que
falta, que é a da "estabilidade".
Não se percebe porque os manuais têm que mudar tantas vezes,
sobretudo no ensino primário e secundário. Objectivamente, a
enorme falta de estabilidade não ajuda nada o "sucesso
escolar", como todos os dados o evidenciam.
3 - Acabar-se com livros de
exercícios em que os alunos têm que escrever nos próprios livros,
inutilizando-os. Pelo contrário, deverão escrever
nos seus cadernos, o que não só os ajuda a melhor reflectir sobre
o assunto, como contribui para melhoria da péssima
linguagem escrita que manifestam. Estes manuais de
exercícios não são, evidentemente, reutilizáveis.
4 - Retirar o carácter
luxuoso de vários manuais. Poderão sempre existir edições
luxuosas, mas, neste caso, substituíveis por edições económicas
com o mesmo conteúdo.
5 - Fazer com que as bibliotecas
escolares não só recolham os manuais utilizados pelos alunos
apoiados no âmbito do Serviço de Acção Social Escolar, mas possam
também adquirir, em segunda mão, todos os manuais que
qualquer aluno queira vender, a um custo de, por exemplo,
50% do valor de capa. Seria uma excelente forma para ajudar todos
quantos
queiram, assim como combater a febre consumista,
praticando, na prática, uma "política educativa" de
conservação e reutilização.
Por outro lado, e como
consideramos evidente, todos os manuais deverão ser
devolvidos em bom estado de uso. Caso contrário, o
aluno deverá pagar o valor de capa, que será usado para a
aquisição de mais livros, novos ou usados. Esta é a prática
seguida já em vários países, como é o caso da Alemanha, porque
os países, como as pessoas, são tanto mais ricos quanto
menor o esbanjamento, entre outros factores.
6 - Finalmente, a APFN insiste,
de novo, na necessidade de que o "sistema educativo" seja
realista, tendo especial atenção a necessidade de se
formar crianças e jovens com capacidades diferentes
para um mundo em que são muito bem vindas essas mesmas diferentes
capacidades. Por outras palavras, o objectivo do "sistema
educativo" não é dar-se emprego a uma "indústria educativa".
Por isso:
- Não percebe porque é que há
tanta pressa em alargar-se a escolaridade obrigatória a 12 anos,
esperando, sobretudo, que não seja "esta"
escolaridade obrigatória, tão mal qualificada quer
nacional quer internacionalmente;
- Aplaude a vontade em se
estimular o ensino profissional;
- Insiste que sejam
requalificados como cursos profissionais secundários alguns dos
actuais cursos superiores que, de facto, são. Para o
comprovar, para além de uma simples análise dos programas, basta
ver as classificações que exigem (?) para a sua admissão,
demonstrando, à evidência, que bastaria o 9º ano de
escolaridade.
- Não percebe porque exige um
mínimo de 4 anos para a licenciatura, quando no resto da Europa
são 3. Não é, com toda a certeza, uma media que melhora a "competitividade"
do país.
- Aplaude a continuação da
divulgação dos resultados escolares obtidos nos
diversos estabelecimentos de ensino, comparando as
"classificações contínuas" com as obtidas nos exames finais
nacionais, para que os pais sejam informados de forma objectiva
da "taxa de inflação" praticada por cada
professor.
- Aplaude a liberdade
de escolha entre estabelecimentos de ensino estatal,
continuando a reclamar a generalização desta medida a todos os
estabelecimentos de ensino público, de gestão estatal ou
privada, que só será conseguida com a criação do "cheque-ensino".
- Solicita que seja exigido que
cada estabelecimento de ensino, estatal ou privado,
caracterize bem o seu "modelo educativo", para que os
pais possam escolher em liberdade o
estabelecimento de ensino que mais lhe convém. "Modelo
educativo" não é o conjunto das disciplinas e actividades circum-escolares,
mas sim o conceito que tem de "homem" e "mulher"
e, para o qual, são educadas as crianças e jovens, porque
é exigido o seu cumprimento por parte de todo o pessoal docente
e discente que lá trabalhe.
APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
Rua 3A à Urbanização da
Ameixoeira
Área 3, Lote 1, Loja A
1750-084 Lisboa
Tel: 217 552 603 - 917 219 197
Fax: 217 552 604
|
|
|
Para saber mais: |
|
|
|
Se quiser deixar de receber comunicados
da APFN, envie um email para
apfn@apfn.com.pt
com o assunto "Remover"
Nota importante: é necessário que seja enviado a partir da conta de
correio electrónico onde foi recebido este comunicado.
|
[anterior]
|