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O Governo tem vindo a anunciar o encerramento de escolas por falta de alunos e o encerramento de maternidades por falta de partos.
Estes anúncios de encerramentos têm sido acompanhados de vários protestos contra o Governo, como se fosse o Governo actual responsável por isto.
Com efeito, o Governo tem-se limitado a atirar três pás de terra para cima dos cadáveres em que escolas e maternidades, há poucos anos cheias de crianças e bebés, se transformaram devido à reduzida taxa de natalidade que Portugal tem tido nos últimos trinta anos, mergulhando o país num longo e cada vez mais penoso inverno demográfico.
A situação é bem mostrada na figura abaixo, que mostra a pirâmide etária em 1960, na altura merecedora dessa designação, comparada com 2004 e o projectado para 2050, que, pela sua forma, deverá ser designada mais apropriadamente por "caixão demográfico".
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Muitos
têm
sido
os
avisos.
Citando
os
mais
recentes,
nos
últimos
três
meses:
No
entanto,
o
Governo
continua
surdo
e
mudo,
completamente
indiferente
à
necessidade
de
uma
política
de
família
que
faça
frente
e
neutralize
a
cultura
infantófoba
anti-natalista
e
anti-família
das
últimas
dezenas
de
anos,
responsável
pelo
caminho
suicida
que a
sociedade
portuguesa
tem
percorrido.
Pior,
é
total
a
desorientação
neste
domínio:
1 -
Incentiva
a
vinda
de
imigrantes
e,
ao
mesmo
tempo,
promove
a
utilização
de
abortivos;
2 -
Incentiva
a
reunificação
familiar
de
imigrantes
(bem),
mas,
ao
mesmo
tempo,
promove
a
desunião
familiar
dos
autóctones
através
de
uma
inconcebível
política
fiscal
contra
os
casados,
tanto pior
quanto
maior
o
seu
número
de
filhos;
3 -
Promove
a
gravidez
a
doença
sexualmente
transmissível,
encerrando
maternidades
e
promovendo
a
instalação
de
clínicas
abortivas
privadas
sob
a
designação
de
clínicas
de
tratamento
da
gravidez.
4 -
Insiste
em
manter
as
pensões
familiares
a um
nível
miserável,
bem
inferior
ao
que
qualquer
criador
de
porcos
ou
de
bezerros
tem
direito.
5 -
Promove
alterações
ao
regime
de
reformas
(bem,
porque
inevitável),
mas
vicia
as
projecções
da
população
residente,
assumindo
que
o
índice
sintético
de
natalidade
vai
aumentar
para
2.0
quando
qualquer
pessoa
sabe
bem
que
a
tendência
é
cada
vez
mais
decrescente
Perante
esta
situação,
a
APFN:
-
Apela
ao
Primeiro
Ministro
que
acorde
e
siga
as
recomendações
da
União
Europeia
e os
bons
exemplos,
adoptando
uma
política de
família
global
e
integrada
como
previsto
no
art
67
da Constituição;
-
Apela
ao
em
breve
empossado
novo
Presidente
da
República
para
pegar
na
deixa
do
Dr.
Jorge
Sampaio
e
assumir,
desde
já,
como
de
prioridade
absoluta
evitar
que
Portugal
seja,
também,
encerrado
e
enterrado
no
caixão
demográfico
que
se
avizinha;
-
Apela
à
comunicação
social
para
reforçar
a
sua
atenção
sobre
esta
questão
de
que
já
somos
vítimas
e
que
só
tem
tendência
para
se
agravar;
-
Reafirma
o
seu
cada
vez
maior
empenho
na
luta
encetada
há
cerca
de
sete
anos
aquando
da
sua
formação,
incentivada
pelos
resultados
já
alcançados
com
a
adesão
de
mais
de
600
empresas
e 20
municípios
e
fortalecida
com
o
crescente
número
de
novos
sócios
em
todo
o
território
nacional;
-
Manifesta
a
sua
total
disponibilidade
para
colaborar
com
quem
quer
que
seja
para
inverter
os
desastrosos
indicadores
do
estado
das
famílias
em
Portugal
(redução
do
número
de
casamentos,
disparo
do
número
de
divórcios,
défice
de
cerca
de
55000
nascimentos
por
ano).
18 de
Fevereiro
de 2006 |