O Dia dos Namorados - importação mais ou menos recente dos Estados Unidos, muito provavelmente por razões puramente comerciais - celebra-se no dia de S. Valentim, um mártir católico que, contra a proibição do imperador romano, casou todos os casais de namorados que lho pediam.
A APFN propõe–se fazer uma reflexão sobre o que é o namoro, qual o seu sentido e objectivo e o que quer dizer, de facto?
No dicionário, a palavra namorar é explicada como: «procurar inspirar amor», ou «galantear».
Namorar é, sem dúvida um tempo de amor inflamado, de conhecimento e de aproximação a um outro. É um tempo que deve ser usado com sabedoria e paixão, com fervor e com bom senso também.
O namoro é também um tempo de descoberta, de procura e encontro, de sedução.
Serve essencialmente para conhecer o outro e tentar saber, no nosso íntimo e com toda a convicção, se é esse outro com quem pretendemos um dia casar, e passar o resto da nossa vida, ou então para descobrir que, afinal, aquela não é a pessoa indicada para nós.
A partir deste pressuposto, o objectivo do namoro é o casamento e a formação de uma família.
Mas o namoro não termina, nem deve terminar, com o casamento.
Ele deve ser fomentado no casal: porque o espaço de diálogo e de satisfação de estar – simplesmente estar - com a "cara metade", deve ser revivido muitas vezes.
Se o dia de S. Valentim não tem grande valor – a não ser para os comerciantes - ele recorda-nos, no entanto, a importância de namorar.
Por isso em cada mês, todos os casais podiam instituir o “seu” dia de S. Valentim.
Mesmo nas famílias numerosas, é muito importante e é bom que o casal encontre espaço para ser casal e para namorar, porque foi aí que a sua família começou.
Namorando, o casal redescobre-se, e é bom que se deixe fascinar muitas vezes pelo outro, durante toda a vida!
A APFN deseja a todos os namorados que busquem e conheçam verdadeiramente a pessoa com quem pretendem passar o resto das suas vidas; e deseja a todos os casados que recordem e revivam sempre a paixão que os uniu e que os levou a ser uma família.
Porque uma família é um bem precioso e ela começa precisamente quando, no namoro, os casais se comprometem, antes de mais, a fazer o outro feliz.