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APFN - 21 de FevereiroAs
Famílias Numerosas revindicam cumprimento da Constituição
A APFN desafia os partidos politicos a decidirem, finalmente, em
cumprir os preceitos constitucionais sobre política familiar, mais a mais
num país que apresenta todos os indicadores negativos: baixa taxa de
nupcialidade, elevada taxa de divorcialidade, reduzido índice sintético de
natalidade e linearmente crescente número de nascimentos fora do
casamento.
Ontem, no Seminário promovido pela APFN em Lisboa, foi apresentado
oficialmente o caderno "Apostar na Família-Connstruir o Futuro", com 35
medidas concretas nas áreas da Fiscalidade, Educação, Habitação, Saúde,
Trabalho, Transportes e Segurança Social.
Recorde-se que este caderno foi enviado no início da semana passada
para todas as forças políticas com assento no Parlamento e para a
comunicação social, podendo, desde essa altura, ser consultado no nosso
site em
http://apfn.no.sapo.pt/Cadernos/Caderno5/caderno5.htm.
Tratam-se de medidas realistas, tendo em conta a situação
económico-financeira do país.
A APFN exige que a Família seja reconhecida como agente determinante
de mudança social
As Famílias Numerosas não querem subsídios nem regalias.
Querem, pura e simplesmente, que o Estado lhes garantam as condições
necessárias ao cumprimento das suas funções educativas e intergeracionais
e o respeito do princípio da subsidariedade próprio das modernas
democracias, e conforme estabelecido há mais de 25 anos na nossa
Constituição.
Um capital humano responsável, com capacidades de esforço pessoal e de
criatividade, é factor determinante do desenvolvimento indispensável na
recuperação do atraso de Portugal relativamente aos nosso parceiros
europeus.
Conscientes da sua mais valia social nesse processo, as Famílias
Numerosas apostam em medidas eficazes como a despenalização fiscal, "o
cheque educação", a promoção da via profissionalizante, a realização de
exames nacionais no final de cada ciclo, o fim da exploração a que são
sujeitas na aquisição dos manuais escolares, a inserção do princípio do
rendimento per capita, o reconhecimento do valor económico do trabalho
voluntário prestado à família em diversas situações sem perda de receitas
para a Segurança Social, o aperfeiçoamento do seguro social voluntário, a
flexibilidade de horários de trabalho, a criação de incentivos fiscais às
empresas que desenvolvam experiências inovadoras e exemplares de
conciliação entre o trabalho e a vida familiar, entre outras.
A APFN apela a que o Estado faça contas: a prevenção consome menos
dinheiros públicos do que a reparação casuística, de efeitos limitados.
Apostar na prevenção das disfunções sociais promovendo uma política que
dinamize o funcionamento equilibrado e saudável da Família reduzirá
fortemente os gastos públicos que os governos têm dispendido, sem qualquer
sucesso, no combate à droga e à delinquencia juvenil. Não deixa de causar
estranheza o facto de, apesar de haver cada menos jovens, cada vez ser
maior o número de problemas juvenis. Tal deve-se ao "simples" facto de a
incidência de problemas juvenis em famílias não estruturadas, verdadeiros
"órfãos de pais vivos", ser 4 a 8 vezes superior ao que acontece em
famílias estruturadas, em que as crianças e jovens são educadas pelo casal
de que nasceram.
As Famílias Numerosas defendem que a execução eficaz duma política
global e integrada para a Família não exige grande investimento porque
passa apenas pela determinação política e pela concertação eficaz, ao
nível do Primeiro Ministro, das medidas sectoriais dos diversos
ministérios que têm de recentrar as suas políticas na Família.
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