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APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
Comunicado
A situação do aborto em Portugal |
1. A Associação para o
Planeamento da Família (APF) irá
apresentar amanhã, dia 13 de
Dezembro de 2006, na Maternidade
Alfredo da Costa um estudo
denominado "A Situação
do Aborto em Portugal: Práticas,
Contextos e Problemas".
2. A APFN recorda que já
em 1998 a APF foi a
entidade responsável por outro
auto-intitulado "estudo" onde se
afirmava que havia 20 mil
abortos clandestinos em Portugal
(ver artigo publicado por Duarte
Vilar, Director Executivo da APF,
após o referendo de 1998 no site
da IPPF – International Planned
Parenthood Federation
http://oldwww.ippf.org/regions/europe/choices/v27n1/portugal.htm),
números sem qualquer
fundamento e baseados
exclusivamente em estimativas,
que levaram os próprios
defensores da liberalização do
aborto a reconhecer que não
havia nenhum estudo credível
e a pedir a realização
de um estudo nacional promovido
pelo Parlamento.
3. Os dados oficiais mais
recentes indicam que, em 2004,
foram realizados 1426
internamentos em hospital por
aborto clandestino, das
quais 1272 devidas a
aborto incompleto ou retido,
98 sem registo e 56 na
sequência de complicações de
saúde. Durante esse ano não
houve nenhuma morte registada
(dados da Direcção Geral de
Saúde de 2004 em
anexo).
4 . A APFN recorda que, de
acordo com Duarte Vilar, a
APF é uma das entidades
que lidera a campanha para a
liberalização total do aborto em
Portugal: «Não
obstante o resultado do
referendo, o qual adiou
efectivamente a possibilidade de
aborto legal em Portugal por
mais algum tempo, a APF continua
a liderar a rede a favor do
aborto legal e seguro e estamos
a planear novas iniciativas e
estratégias com vista a
encorajar um novo debate
parlamentar e a manter vivo o
tema do aborto.» (tradução
nossa; ver artigo atrás citado
em
http://oldwww.ippf.org/regions/europe/choices/v27n1/portugal.htm).
5 . Ainda segundo Duarte Vilar,
membro do Movimento de Cidadania
e Responsabilidade, que defende
o SIM no próximo
referendo ao aborto,
todas as "melhorias"
nesta matéria dependem da
actividade da APF: «Apesar
da real e dura derrota de Junho,
a situação em Portugal no que
respeita a direitos sexuais e
reprodutivos pode melhorar.
Todavia, qualquer progresso
nesta matéria dependerá da
influência e das iniciativas da
APF no sentido de manter o
momentum criado pelo referendo
(...)» (http://oldwww.ippf.org/regions/europe/choices/v27n1/portugal.htm).
6. A APFN recorda também que a
Dr.ª Upekade Silva vem
representar a Planned Parenthood,
a entidade que em 1966
lançou a APF como sua filial
portuguesa e que, por
exemplo nos EUA, tem a
maior rede de clínicas privadas
de aborto. De acordo
com um relatório divulgado
publicamente e incontestado,
essas clínicas realizaram mais
de 3 milhões de abortos num
espaço de 24 anos (ver
gráficos em anexo).
7. A APFN apela a todos os
estudiosos da matéria, entidades
oficiais e governamentais
pertinentes, organizações
cívicas e jornalistas que exijam
a publicitação cabal e
completa do estudo no que se
refere a planeamento, técnica,
métodos e resultados,
por forma a que o trabalho possa
ser com rigor verificado
por terceiros independentes.
8. Por último, a APFN manifesta
a sua profunda
indignação pelo facto
desta acção sobre o aborto
organizada por partidários do
“Sim” se realizar na
Maternidade Alfredo da Costa,
precisamente uma das
mais prestigiadas e conceituadas
maternidades portuguesas.
Nestes termos, a APFN
apresentará uma queixa
junto do Ministério da Saúde,
com o fundamento na
utilização da Maternidade para
este fim, amanhã,
dia 13, pelas 12:30.
12 de Dezembro de 2006
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