DEJA VU
1. A Associação
Juntos pela Vida pretende associar-se publicamente à manifestação de
indignação da APFN face às notícias de utilização abusiva da Maternidade
Alfredo da Costa (MAC) por membros dos grupos pro- liberalização do aborto
em Portugal.
2. Após o
anúncio do referendo pelo Senhor Presidente da República os defensores de
cada uma das possíveis respostas ao referendo podem e devem fazer campanha
de informação mas não devem, nem podem fazer actos de campanha utilizando
espaços públicos e omitindo o seu envolvimento na campanha em curso.
Infelizmente este comportamento não é novo.
3. Em 1998 a
Associação para o Planeamento da Família lançou para o ar a estimativa de 20
mil abortos por ano. Veio-se depois a verificar que o número não tinha
qualquer fundamento, mas, não obstante, foi usado durante toda a campanha.
4. Também em
1998 os defensores do aborto publicitaram um estudo científico que, diziam,
afirmava a existência de 190 mil abortos/ano em Portugal. Essas notícias
foram desmentidas pela própria autora do estudo, a Prof. Maria Teresa Tomé.
http://www.juntospelavida.org/carta-pub2.html
5. Em 2006 a APF,
no âmbito da sua condição de líder da rede para a promoção da legalização do
aborto em Portugal, entra na campanha da mesma forma juntando-se agora à sua
mentora Planned Parenthood na Maternidade Alfredo da Costa para lançar um
novo número de abortos ilegais.
6. A
Associação Juntos pela Vida pretende, por isso, fazer chegar ao Sr. Ministro
da Saúde e à Comissão Nacional de Eleições, um protesto veemente pela
utilização abusiva de instituições governamentais para fazer acções de
campanha a favor do SIM, tentando explorar o nome da MAC para prestigiar e
dar credibilidade a um texto de campanha.
7. A Associação
Juntos pela Vida aproveita ainda o facto de a APF ter trazido a Portugal uma
pessoa ligada à maior rede comercial privada de clínicas de aborto do mundo,
responsável apenas nos EUA por mais de 200 mil abortos por ano, para que ela
possa esclarecer os portugueses sobre a verdadeira realidade do aborto nos
países onde a prática foi liberalizada:
a) Quando os
defensores do SIM dizem que a mulher só aborta por razões muito graves, a
Dr.ª Upekade Silva deve mostrar-lhes o relatório recente da Planned
Parenthood onde se mostra que 40% dos abortos nos EUA são feitos porque a
mulher não se sente preparada ou acha que a criança ia alterar a sua vida.
b) Quando os
defensores do SIM dizem que as 10 semanas permitem resolver o problema das
mulheres com gravidezes indesejadas, a Dr.ª Upekade Silva deve informá-los
que todos os anos são feitos nos EUA mais de 250 mil abortos depois das 12
semanas; deve também dizer que 70% das mulheres que abortaram depois das 16
semanas o fizeram porque só aos 4 meses perceberam que estavam grávidas.
c) Quando os
defensores do SIM dizem que o aborto legal é seguro, a Dr.ª Upekade Silva
deveria informá-los que nos EUA todos os anos morrem muitas mulheres por
aborto legal. A Dr.ª Upekade Silva deveria dizer também que os médicos que
fazem abortos não são bem vistos e que, por isso, só vão trabalhar no aborto
os mais ineptos e incompetentes dos médicos.
d) Quando os
defensores do SIM dizem que haverá muitos médicos dispostos a fazer abortos
a Dr.ª Upekade Silva deveria informá-los do, assim denominado pela Planned
Parenthood, efeito “greying” dos abortadores americanos. Onde estão novos
médicos a querer entrar no negócio do aborto? Aparentemente já só restam os
abortadores que avançaram em 1973 e que estão agora bem acima dos 70 anos de
idade?
e) Os
abortadores americanos estão a morrer, das 2000 clínicas que havia há poucos
anos restam agora 700 e uma das líderes da Planned Parenthood reconheceu
publicamente que o aborto livre nos EUA tem os dias contados.
f) Deve ainda
referir as inúmeras consequências nefastas, quer físicas quer psíquicas, que
um aborto provoca na mulher, a curto ou a longo prazo e que têm vindo a ser
cada vez mais constatadas nos EUA.
8. Porque não
nos fala a Dr.ª Upekade Silva dessa realidade toda que tão bem conhece?
Porque deixa os seus representantes em Portugal fazer afirmações que sabe
serem totalmente falsas? Será porque a Planned Parenthood quer compensar as
perdas nos EUA abrindo clínicas em Portugal?
9. Somos a
favor do debate vivo e intenso mas franco e aberto. É por isso que somos
pela vida, por todas as vidas! Apelamos aos nossos adversários nesta
campanha que não utilizem subterfúgios e que digam sempre toda a verdade,
porque as Portuguesas e os Portugueses têm direito a saber!
Juntos Pela
Vida
Associação
Contacto:
António Pinheiro Torres 91 723 33 35