O INE
publicou hoje mais uma projecção errada
de População Residente 2000-2050.Com efeito, por
"artes de mágica", considera como
"cenário base" uma evolução do Índice Sintético de
Fecundidade para 1.7 em 2050, e "pessimista" a sua
evolução para 1.3.
Apresenta-se, abaixo, a evolução deste Índice desde
1982, ano em que cruzou os 2.1, valor necessário para a
necessária renovação de gerações e, curiosamente, o
número médio de "filhos desejados" conforme o último
"Inquérito à Família e Fecundidade" efectuado pelo INE.

Este gráfico mostra, a qualquer pessoa,
que a tendência é bem decrescente,
tendo apresentado uma ligeira recuperação entre 1995 e
2000 devido ao extraordinário pico de nascimentos em
1975.
Perante tão insistente e grosseiro erro nas
projecções que o INE tem vindo a fazer, a APFN apela ao
Governo que:
1 - Investigue quem tem executado, revisto e aprovado
estas projecções e exija explicações públicas
dos consecutivos erros;
2 - Solicite ao INE uma projecção verosímil,
que, como qualquer pessoa verá, deverá incluir como
cenário base uma continuada redução do Índice Sintético
de Fecundidade até 1.0 em 2050.
3 - Alerte a população portuguesa para a
inevitável falência do Sistema de Segurança Social,
a não ser que se acabe de vez com toda a pressão
económica e social que é exercida sobre os casais de
modo a não irem além de um a dois filhos, e possam ter a
sua desejada média de 2.1 filhos por
casal, como acontece com os casais portugueses
residentes em França.
A propósito, a APFN reafirma o seu apoio aos "100
compromissos" assumidos pelo Governo que, apesar de
positivos, deverão ser fortemente reforçados
a fim de se inverter esta tendência.