2 de Abril de 2000, APFN - Comunicado de imprensa
Nações Unidas lançam alerta sobre grave declínio
e envelhecimento das populações na Europa e Japão
A continuar a actual tendência de baixa natalidade, esses países terão
que receber cerca de 6000 emigrantes por cada milhão de habitantes, a
fim de fazer face às necessidades laborais.
A APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas acaba de tomar
conhecimento do press release DEV-2234
POP-735 da UN, que poderá ser consultado em http://www.un.org/News/Press/docs/2000/20000317.dev2234.doc.html,
e de que juntamos cópia.
Neste relatório, é feito um sério aviso acerca dos graves prejuízos
que a baixa taxa de natalidade está a provocar na Europa e no Japão. A
ONU estima que, a manter-se a actual tendência de baixa taxa de
natalidade, esses países deverão ter que receber 6000 emigrantes por
cada milhão de habitantes a fim de manter a necessária força laboral.
A APFN publicou recentemente no seu site http://www.apfn.loveslife.com
o estudo "Quem somos, quantos somos", onde é lançado o mesmo
alerta. Perante tantos sinais preocupantes, manifesta a sua surpresa por
ver que a política nacional ainda está a ser orientada no sentido de
combate à natalidade, como é bem visível nas dificuldades que são
impostas às famílias numerosas portuguesas, em franco contraste com as
medidas já adoptadas nos restantes países europeus.
Cremos que ninguém tem dúvidas que o problema existe devido ao declínio
do número de famílias numerosas que se observou da geração anterior
para a actual. No referido estudo pela APFN, ressalta bem à vista que,
em Portugal, os casais gostariam de ter mais filhos, não o fazendo
devido, precisamente, à política e mentalidade anti-natalidade ainda
existentes nos nossos centros decisórios.
A APFN questiona onde é que a ONU sugere que se vá buscar os tais 6000
emigrantes (e respectivas famílias...) por ano por cada milhão de
europeus, com as habilitações necessárias, sem provocar o
despovoamento de quadros nos países em desenvolvimento que tanto deles
necessitam para o tal desejável desenvolvimento local, evitandoo
crescimento ainda maior da pobreza nessas regiões. Interroga-se, ainda,
porque é que tantos fundos continuam ainda a ser canalizados pela ONU
para apoio a campanhas anti-natalistas por todo o mundo. Recomenda-se um
público pedido de desculpas da ONU pelo seu tremendo erro, que está a
provocar graves desequilíbrios demográficos e sociais. No que diz
respeito a Portugal, sugere que sejam tomadas medidas urgentes de apoio
às famílias no sentido de poderem ter os filhos que desejam e de apoio
e carinho às ainda existentes famílias numerosas que, apesar de
minoritárias, são responsáveis por 26% dos jovens e crianças
portuguesas.
O aumento da natalidade para mais 50000 crianças por ano evitará ter
que se tomar a medida utópica de importação dos tais 50000 por ano
emigrantes qualificados de onde não existem, como de importação de
batatas e couves se tratassem.
A APFN foi criada há cerca de um ano, a fim de defender os legítimos
interesses dos casais com três ou mais filhos. Tem sede na Trav. do
Possolo,
11, 3º, 1350 Lisboa, Tel: 213 979 680, Fax: 213 979 681, e-mail:
apfn@geocities.com. Está presene na internet, em
http://www.apfn.loveslife.com.
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