A actual taxa de natalidade de 1.14% existente em Portugal, é
reflexo de nascerem menos 50.000 crianças por ano do que seria
necessário para a necessária renovação de gerações.
Este número é equivalente a 140 acidentes mortais, por dia, nas
estradas portuguesas.
As consequências desta realidade têm vindo a ser alertadas por
inúmeras entidades, sem qualquer resposta adequada do poder político:
envelhecimento da população, inevitável adiamento da idade da
reforma, encerramento de escolas e previsível desemprego entre
professores...
Tal é devido à tímida política familiar no país, em profundo
contraste com o que se passa nos restantes países europeus, que há
muito tempo têm vindo a tomar medidas concretas no sentido de apoiar os
casais que se dispõem a ter os tão necessários filhos que Portugal
necessita para continuar a existir como tal.
Para citar um exemplo, o subsídio familiar na Alemanha é cerca de 7
vezes superior ao existente em Portugal. O subsídio familiar, a preços
correntes, sofreu uma gravíssima redução nos anos de 1974, 75 e 76, e
foi responsável pela enorme quebra da taxa de natalidade, conforme se
poderá constatar no Caderno APFN "Quem Somos, Quantos Somos",
que poderá ser consultado no nosso site em
http://www.apfn.loveslife.com.
A APFN, formada há cerca de um ano pela iniciativa de casais com
três ou mais filhos, solicita que o Governo tome medidas concretas de
apoio às famílias numerosas, com a mesma urgência e vigor que
actuaria caso existissem os referidos 140 acidentes mortais diários nas
estradas portuguesas.
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